domingo, 12 de outubro de 2014

Pernambuco mais uma Vez pode mudar a História do Brasil

Em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia portuguesa, na recém descoberta América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das primeiras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa. No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é responsável por mais de metade das exportações brasileiras essa prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654 ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que transforma o acanhado vilarejo de Recife em uma prospera vila por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se no Recife a capital do Brasil holandês. Nassau traz para Pernambuco uma forma de administrar inovadora. Realiza inúmeras obras de urbanização, amplia a lavoura da cana e assegura a liberdade de culto. Depois da mudança de governo e saída Nassau e em consequência disso em 1645 o povo pernambucano insatisfeito com a exploração Holandeses e diante da proibição do culto católico, iniciou o movimento de luta popular contra o domínio holandês em Pernambuco a famosa a Insurreição Pernambucana. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, hoje localizado no município de Vitória de Santo Antão, onde 1.200 insurretos mazombos munidos de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1.900 holandeses bem armados e bem treinados. Foram quase 10 anos de conflito, com destaque para as duas Batalhas de Guararapes. O movimento foi um marco importante para o Brasil, tanto militarmente, com a consolidação das táticas de guerrilha e emboscada, quanto socio-politicamente, com o aumento da miscigenação entre as três raças (negro africano, branco europeu e índio nativo) e o começo de um sentimento de nacionalidade. A ocupação dos holandeses fez Recife prosperar, onde se estabeleceram muitos comerciantes e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadem o Recife, dando inicio a chamada Guerra dos Mascates.O líder da ocupação, Bernardo Vieira de Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em 1711, do novo governador da região. Em 1817, Pernambuco tentou proclamar-se independente de Portugal, mas o movimento foi derrotado. Em 1822 quando D. Pedro I proclamação a independência do Brasil um fato marcante foi a adesão de Pernambuco ao movimento comemorado por D. Pedro I com festa no Rio de Janeiro. Em 1824 surge no nordeste Brasileiro a Confederação do Equador, que foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. O movimento teve caráter emancipacionista e republicano. Ganhou este nome, pois o centro do movimento ficava próximo a Linha do Equador. A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba). Pernambuco mais uma vez foi o centro da revolta, o movimento teve participação das camadas urbanas, elites regionais e intelectuais. A grande participação popular foi um dos principais diferenciais deste movimento. Sob o comando do almirante britânico Thomas Cochrane, as forças militares do império atuaram com rapidez e força para colocar fim ao movimento emancipacionista. Um dos principais líderes, Frei Caneca, foi condenado ao fuzilamento. Padre Mororó, pároco de Quixeramobim, outra importante liderança, foi executado a tiros no Ceará hoje local conhecido como passeio publico no centro de Fortaleza. Outros foram condenados à prisão como foi o caso do jornalista Cipriano Barata. Muitos revoltosos fugiram para o sertão e tentaram manter o movimento vivo, porém o movimento perdeu força no mesmo ano que começou. A Revolução Praeira, em 1848, questionava o regime monárquico, e pregava a República novamente. Pernambuco foi palco de várias revoltas, revolução e conspiração, em geral inspiradas pela Revolução Francesa, pela maçonaria e pelo Iluminismo. Ideias europeias de liberdade, igualdade e fraternidade se espalhavam entre os pernambucanos. Mais uma vez pernambuco pode interferir na história do Brasil, com a decisão da ex-primeira dama de Pernambuco Renata Campos, mulher do ex-governador Eduardo Campos, e de seus correligionários do PSB em apoiar o candidato tucano à Presidência da República Aécio Neves neste segundo turno. “Dona Renata”, com essa indicação poderá definir a eleição para presidente do Brasil levando com ela parte importante dos eleitores de Mariana Silva. Aécio se reuniu com lideranças políticas e, no evento, recebeu carta de apoio da viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, aliada de Marina no primeiro turno. No texto, Renata afirma que “continua com os mesmos sonhos” do marido. Acrescenta que os caminhos de Campos e Aécio, embora distintos, se cruzaram em diversas oportunidades durante suas carreiras políticas. “Sei que vocês eram diferentes, mas vocês souberam se unir pelo Brasil.” A carta foi lida pelo mais velho dos cinco filhos de Renata e Eduardo, João, de 20 anos. “Somos nordestinos, pernambucanos, e queremos, juntos, construir a nação brasileira. Siga em frente, Aécio, e que Deus nos proteja”, diz o texto de Renata. Agora vamos aguarda os desenrolar da eleição para ver. !!!

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